Amor, é ânsia de posse! Amor que cresce e vibra, Ardente como fogo e profundo como o mar. Não mereço o teu amor feito de luares e magnólias... O meu amor, é amor que estremece De desejos vagos, crepusculares, fatais...
Trago nos dedos a vontade de uma carícia Sinto nos dedos o vento a passar Esta noite quero amar com desejo infinito Ninguém, está só o florido caminho.
Quando estás longe, nas horas de longos instantes O ponteiro que atravessa os quadrantes Marca séculos, esquece-se de andar. Olho o céu, é um templo sem luz Olho a terra, é um jardim sem cor. Então recordo os momentos passados Lembro as frases doces Conto os sorrisos que me deste E que permanecem no meu coração. Teu amor é delírio, volúpia Que me abrasa e consome. Oh, Deus! Ordena às horas que deslizem em fio de instantes E o ponteiro que atravessa os quadrantes Indique a hora em que te posso beijar.
Solidão... Amo e desejo o teu silêncio, a tua tranquilidade Apenas tu me consolas e convidas a ficar só. Momentos sem dor, agressão ou dano Momentos que me seduzem e encantam Momentos meus e de mais ninguém Onde me descubro em cada canto da vida...
...antes, durante, depois... ...antes do durante... ...antes do depois... ...durante o antes... ...durante o depois... ...depois do antes... e ...depois do depois...
Tenho da existência uma lembrança, O destino louco dum amor sem fruto. Minha alma dorme na treva Com um olhar de morte que me envolve. Que me sobra...? Morre comigo a estrela dos meus puros amores, Já nem sinto no peito Um punhado de murchas flores.
Existem certas coisas que... Não cabem numa frase Não cabem numa estrofe Não cabem num poema Nem em mil poemas Não cabem numa ideia Não cabem numa alma Não cabem num corpo Nem em mil corpos
Existem certas coisas que... Apenas se sentem, não cabem num nome
Abro as portas de par em par Desnudo-me... Encaro o mundo de alma limpa, Adornada de rendas, sedas e cetins. Um desejo secreto habita o avesso de mim... É composto por palavras de dor, prazer, corpo.
Encontro-me na página vazia de mais um Ano! Realiza-se o sortilégio...