In§tante§ ð'um £ouco: abril 2012





Sou fio invisível a ligar céu e terra.
Não tenho corpo, não ocupo espaço
Nem tenho dor.
Esquecido do mundo
Sou eu próprio
Qualquer coisa, não classificada
Desconhecida, impensada.
Navego na mesma órbita
Em que a mão me lançou.
Ausente de mim, nada vale nada
A não ser o amor que dei, a poetizar a vida.
Mas não deixo de tocar a terra fecundada
Aceitando o meu destino sem fim
Mil vezes percorrido para ser amado
Por aquele sorriso aberto que ri.


Esqueço o sofrimento
Para não sentir cair as lágrimas que adormeço...





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