Nem os mares da saudade me concedem a linha dos teus lábios a desenhar os meus. Nem as carícias sangrando me oferecem a volúpia da tua boca a pronunciar o meu nome.
Falta-me o sabor do teu beijo No silêncio dos nossos passos...
Vida... Dobro-a, vergo-a Ponho-lhe algumas mantas, uns cartões Ofereço-lhe conforto. A dor assim é menor... Há mesmo instantes em que penso que é tudo meu. A verdade é que a existência doi. Doi muito... O que me impede de ser um suicida? É esta dor que a vida me dá e que me sabe tão bem. Tem sabor a vida!