
Entre pétalas de ti:
O cio.
Farelos de esperma.
A lua dança em charcos de sangue.
Entre corpos selvagens
Quentes toques
(verdadeiros como cadáveres).
De dedos ao vento
Lambes a felicidade.
Desfazes lágrimas...
O sol baba-se sobre ti
Varre a tua sombra
Com sobras de beijos...
Dorme a esperança.
Nos subúrbios de ti:
A dor.
Cravos de areia
Estilhaços de sal...
Apodrecem as estrelas.
Eis a culpa!
Eis a boca!
Coisa pouca:
Agulhas incendiadas.
Pinga amor sobre os telhados
Amargo vocábulo:
Solidão parida.
A vida é um atentado:
Nasces para morrer.
Renasces do pó
Dos restos
Das tramas...
Lutas até à excitação.
A noite arrota.
Que venha
Que sangre...
Poeira de ti:
A volúpia.
Semente de paixão.
Morres...
Morres...
Mas apenas para te vangloriares.
Vai...
Assassina o teu cheiro.
Não és mulher
És eutanásia!