In§tante§ ð'um £ouco: março 2008
Vens…
Inesperadamente!
Em inquietude
Como brisas doces que ateiam lume.
Que desassossego
Que encanto-veneno me trazes
Nesse desejo de me quereres teu?
Vens...
Amadurecida no meu calor
Ausente de corpo.
Despida em suaves contornos
Reflexos de paixão.
E tu vens…
Rasgas o teu corpo
No meu.
O teu vazio...
Deslizas ternura que me lambe
E lentamente desces
Sobre mim
Como o tempo quebrando asas.
Ouço-te respirar.
Guardo-te nas minhas mãos.
Preencho-te.
Perco-me.


...em ti!
No entupir do sangue pela noite
Ofereço-me em sacrifício ao medo.
Sou presa fácil, caça da vida!!
Demência dócil que me engole...
Celebro-me em arrepios de morte
Encanto-me em sonos mórbidos
Enleio-me em ressacas de embalar.

Assassino todos os enredos banais
Abraço a chegada quando a fuga já é partida...
Colori olhares ao mais pequeno som
Murmurado em ecos de paixão.
Inventei mil desassombros d’alma
Mil explosões de dor.
Plantei amores
Ofereci desamores.
Procriei afectos até sufocar
Na insuportável sensação da palavra
Cravada a desejo.

Compus pequenas formas de ódio
Que em mim criaram corpo...
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