In§tante§ ð'um £ouco: outubro 2007
Horror! Horror!
Sinto de novo a sanidade
Doi-me a alma, doi-me
Como uma coisa que dói.

Ah, pudera eu ser fora de mim
Esconder este sentir e deixar-me...
Saudade...
Incenso distante e tão próximo
Onde a nostalgia fica a ouvir
Palavras que ficaram por falar.

Ah, como eu sinto o silêncio
Nestes instantes dispersos
De abandono e solidão...
Desacerto o tempo
Suspenso nos meus dias...
Toco no fundo da lembrança
A carícia do teu corpo
Dentro do meu.

A saudade presa ao sorriso
Liberta-me da ausência de ti
Não quero espaço, tempo, música, amor...
Quero ficar quieto.
Quero sentir o silêncio.
Não desejo participar em nada.
Quero ser abstracção!
Estou cansado...
Da ausência do sono
Do pesadelo que sou.

Imploro a morte.
Quero-a nua
Usá-la e nunca mais!

Choro dores vazias de mim...
Lá, como serei?
Estarei a adorar, cantar
Ou simplesmente a amar?
Penso no amanhã fascinante
Como no presente delirante.

No caminho para a eternidade
A vida é dádiva de felicidade
Que recebo a cada instante...
Indefinível ária suprema
Harmonia de cor, perfume...
Hora de acaso, trémula, extrema
Requiem da Lua que o desejo resume...
Nem sempre
O desejo
Cai do céu
Por vezes
Explode
Numa
Palavra

O véu que te protege
Separa-nos...
Meu amor!
Sim, eu sei, não gostas que te trate assim.
Meu amor...
Margarida, flor de meu jardim.

Torna-se tudo mais simples quando se gosta da mesma melodia...
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