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Aromas que da terra desabrocham
Ópio da minha vida, embriaguez do meu sentir...
Recebo da chuva os pingos
Que me cobrem o rosto
Que me limpam a alma...
E permito ao olhar
Perder-se na vastidão do infinito.
Bebo o sabor da maresia
Junto deste mar que é meu
Onde encontro o que sinto
Onde descubro o que sou...
A pequena parte do todo
Que me faz engrandecido.
Do longe crio o sonho
Onde o pensamento me faz
O que o tempo guarda da vida...
A pequena parte de mim que me anseia
Guardada como semente
Para ser jogada à terra.
Em algum lugar que não conheço
Serei chão, raiz, húmus
E assim será cumprido o destino.
É na delicadeza destas coisas que a vida me doi
Que toco no fundo, no sentido do que sou...
7 Comments:
''é na delicadeza destas coisa q a vida me dói''
porque, de facto, é nos pormenores q reside a maior emoçao. é pelas peqenas marcas q mais nos sentimos marcar...
lindo*
Louco, sabe pincelar e dar vida às palavras! Isso em compensação não causa dor e sim prazer em quem lê!
é na delicadeza desta vida que sentes o sabor da chuva, que o vento é uma caricia e que nada acaba tudo se renova, nós mesmos...
Teo torriatte konomama iko
Aisuruhito yo
shizukana yoi ni
Hikario tomoshi
Itoshiki oshieo idaki
(estou a escutar o sonoro...)
Do alto do teu castelo és totalmente livre de escolher a dimensão do salto mas nunca suficientemente livre para escolher o que irás encontrar junto ao chão!
É na delicadeza destas coisas que também as sementes se revelam surpresas na coragem do salto...
maravilhosamente bonito! beijocas
:) contínuas a conseguir magia com as palavras :)
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