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15 agosto 2011

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Quanto me custa ver-te ir embora!
Saio de mim preenchendo os espaços,
Até te alcançar no meu abraço e caminhar contigo.

Olho-te, a afastar no tempo que não quero
E fico triste, cada vez mais triste
Por cada passo que vais dando.

Entre mim e ti vai-se ouvindo um silêncio
Lembrando o que se disse e o que ficou por dizer.

Vais indo. Saio do lugar onde estou.
Levo comigo a elegância do teu andar
E um desejo de te amar.

Volto-me, vejo-te mais longe.
Uma lágrima de saudade diz que permaneces aqui...

5 comentários:

  1. Que versos lindos e românticos!

    Adorei essa forma de amar metafórica e simbolica
    em que diz e não diz
    em que ama e não ama.

    Assim eu sou,
    A ilha rodeada de mar
    Tu, a Ilha rodeada de gente.

    Abraço meu amigo,
    das horas lentas e caladas...

    Maria Luísa

    Um beijo

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  2. ...belo som...
    e voltarei sempre para que mais não seja enviar-te um abraço de saudade! bjs

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  3. A Confissão (de Neruda )

    Foi numa noite assim fria que a nostalgia veio ao meu encontro e aqui parou,
    Consta não haver antídoto que a derrote e eu poderia continuar fazendo os versos
    Mais nostálgicos p’la noite dentro, mas o meu alento depressa voou,
    Volteou nas estrelas, atravessou fronteiras, contagiou as violetas e declarou
    Às mariposas: esta noite não vai haver tristeza, nem pesar, nem morte.
    Poderei continuar fazendo versos com morte, tristeza exposta ou natureza viva,
    Mas não me sentirei justificado se confessar apenas que vivo com agrado
    Mas foi nesta noite fria que minh’alma inquieta evocou
    Um velho livro que encontrei em Mendoza (Argentina)
    “Poesias de Pablo Neruda” dizia dentro: confesso que vivi…

    Jorge Santos (19/11/2010)
    http://joel-matos.blogspot.com

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  4. simplesmente espectacular!!!!!

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  5. É fixe permanecer aqui...
    Abraço

    Paulo

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